É ser… não é Fazer
“Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra”. Atos dos Apóstolos 1:8.
Meros momentos antes de subir ao céu, Jesus disse aos discípulos que eles receberiam o poder do Espírito Santo, que lhes permitiria serem testemunhas dEle. Note que Ele disse que eles seriam testemunhas e não que eles fariam testemunhas. É uma diferença sutil, mas é importante porque nos mostra que quando se trata de testemunho, não é apenas algo que fazemos, mas é uma parte de quem somos.
Se estivéssemos no público original de Jesus, Suas palavras nos teriam atingido um pouco diferente. A palavra grega que Cristo usou para testemunhas é martus, da qual deriva a nossa palavra brasileira mártir. Ligue esses pontos comigo. Um mártir é alguém que morreu por algo, e enquanto Deus apreende os coração das pessoas, Ele produz um desejo dentro delas a morrer à sua natureza egocêntrica e egoísta:
Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim. Gálatas 2:20
É um fato bem conhecido que dez dos doze discípulos (exceto Judas e João) morreram como mártires proclamando o evangelho. Podemos olhar para a sua devoção e se admirar de como eles foram capazes de tal sacrifício. Mas o fato é que todos eles tinham morrido anos antes de suas mortes físicas no momento em que suas naturezas egoístas foram condenadas à morte. Eles estavam totalmente comprometidos em fazer a vontade do Senhor, porque eles martirizaram suas próprias vontades.
Se não tivermos realmente morrido para nós mesmos, vamos estar relutantes em testemunhar. Mas quando entendemos plenamente que Cristo morreu por nós, nos faz querer morrer para nós mesmos e sermos suas testemunhas, dispostos a ir a qualquer lugar e fazer qualquer coisa que Ele nos diz.
TRADUZIDO PARA O PORTUGUÊS POR: Pastor Harry Urquiza, 02-01-2016.
